Aluno da EMUS é premiado na 20ª edição do Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas

 
Carlos Eduardo Santos foi o único baiano a chegar à final.
 
 
O único baiano entre os finalistas. Esse foi o feito de Carlos Eduardo Santos, aluno da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (EMUS/UFBA), na 20ª edição do Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas. Voltado para cantores de toda a América Latina, o Concurso premiou Carlos Eduardo com uma apresentação no 11º Encontro de Tenores do Brasil de Manaus.
 
Criado em 1993, o Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas é uma iniciativa da Cia. Ópera São Paulo e Amigos da Ópera de Jacareí (SP), e é um dos mais importantes e significativos concursos de canto lírico da América Latina. O júri responsável pela premiação foi presidido pelo maestro Luiz Fernando Malheiro (Festival Amazonas de Ópera – FAO) e contou com os especialistas Cecilia Diaz, Carlos Rauscher, Fabiana Crepaldi, Fernando Sans Rivière (Ópera Actual de Barcelona), Jorge Coli, José Velasco, Robson Tirotti e Sabino Lenoci (L’Opera International Magazine de Milão). 
 
 
Palco do Concurso de Canto Maria Callas. Os 16 cantores premiados estão enfileirados, vestindo roupas formais e sorrindo para a foto.
Premiados no 20ª Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas. Carlos Eduardo é o quarto, da direita para a esquerda.
 
 
 
Dos 98 inscritos, apenas 16 chegaram à fase final, dos quais 9 eram brasileiros e os 7 demais tinham origem em diferentes países da América Latina, especificamente Chile, México, Colômbia e Argentina. Entre os estados brasileiros representados, a Bahia foi a única de fora do eixo sul-sudeste, graças à participação de Carlos Eduardo. “Foi uma alegria ser finalista do Callas”, afirma o tenor “espero que cada vez mais colegas também acessem esses espaços, porque voz e expressão nós temos”, conclui. 
 
No repertório apresentado para o concurso, figuraram nomes como Mozart, Boieldieu, Délibes e Donizetti, favoritos do cantor. “Fui muito elogiado pelo repertório”, conta “e devo isso muito às aulas de música de câmara, de literatura vocal… E à minha própria vivência dentro do Madrigal da UFBA”.
 
Carlos Eduardo é estudante do curso de Canto da EMUS, e, em sua trajetória, já foi bolsista do Madrigal da UFBA, participou do Laboratório de Ópera da UFBA e se apresentou como solista, por mais de uma vez, junto à Orquestra Sinfônica da UFBA e junto ao próprio Madrigal. “A UFBA sempre me acolheu e me abriu portas”, conta, elencando apresentações nacionais e internacionais que realizou nos últimos anos.
 
Para o diretor da Escola de Música da UFBA, Prof. Dr. José Maurício Brandão, o bom desempenho de alunos da instituição em concursos é sempre motivo de muito orgulho:  “A cada nova conquista dos nossos alunos, ratificamos nossa inserção na sociedade através dos processos formativos dirigidos pelos nossos professores e mostramos a importância de uma educação sólida, construída numa ambiente plural e proativo, marcas fundamentais da Universidade Pública.”