Inovação e sustentabilidade: Orquestra Sinfônica da UFBA realiza primeiro concerto com programa virtual

Inovação e sustentabilidade: Orquestra Sinfônica da UFBA realiza primeiro concerto com programa virtual

Ação piloto visa reduzir custos e geração de resíduos.

 

Basta apontar a câmera do celular para ser direcionado ao serviço desejado: cartões de contato, cardápios, apps e sites inteiros se revelam através de um código em preto e branco. São os QR Codes — códigos que representam a evolução dos já conhecidos códigos de barra —, que existem desde 1994, mas se popularizaram de verdade a partir de 2020, com a pandemia de COVID-19 e a necessidade de minimizar o toque em superfícies.

 

Aproveitando a familiaridade da população com este recurso, que já aparece em museus, restaurantes, embalagens de produtos e balcões de lojas, a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia (OSUFBA) passa a oferecer o programa de seus concertos de forma exclusivamente digital, acessíveis nas salas de concerto através do código QR.

 

Os programas de concerto são folhetos que permitem ao público acompanhar as obras executadas pela orquestra ou conjunto musical, bem como oferecer contexto e mais informações sobre as obras e compositores tocadas naquela noite, além de listar os músicos e servidores envolvidos na produção daquela apresentação. Oferecê-los de forma virtual tem uma motivação que vai além da inovação tecnológica: a preocupação com o meio ambiente.

 

“A mudança climática é um tema urgente” explica o diretor da Escola de Música da UFBA (EMUS) e maestro da OSUFBA prof. dr. José Maurício Brandão. “Como Universidade Pública, é nossa obrigação utilizarmos os recursos à nossa disposição para minimizarmos o impacto no meio-ambiente.”

 

A ação ainda é piloto: seu primeiro teste acontece nesta terça-feira (12), durante o primeiro concerto presencial da OSUFBA desde março de 2020. Com a aprovação do público e após os eventuais ajustes necessários, a EMUS estima que, somente com as apresentações da Orquestra, serão economizados, em média, 2500 folhas de papel por ano. A Escola conta com grupos estáveis, residentes e temporários, além daqueles que são formados para apresentações específicas e de recitais de alunos, cujos programas a EMUS também espera migrar para o formato digital em um futuro próximo. “Usando a tecnologia a nosso favor, podemos realmente gerar um impacto positivo”, pondera Brandão.